"Carros 2" combina automobilismo, espionagem e referências culturais de outros países
Em "Carros 2" a Pixar conseguiu acertar novamente. Não só criou uma animação caprichada e sofisticada, mas também um roteiro engenhoso, que combina filmes de ação e uma trama de espionagem internacional que poderia muito bem ser interpretada por humanos – mas aqui são carros, aviões, caminhões e, especialmente, um guincho chamado Tom Mate. O filme, que chega ao circuito brasileiro nesta quinta-feira (23), terá cópias dubladas e legendadas nas versões tradicional (35mm), 3D e IMAX.Lançado em 2006, "Carros", talvez o filme menos celebrado do catálogo da Pixar, ganha uma sequência superior ao original. O primeiro filme se concentrava numa nostalgia bastante americana, com símbolos e referências à cultura e tradições dos Estados Unidos que nem sempre eram identificadas e compreendidas fora de suas fronteiras.
Foto: Divulgação
Michael Caine dubla carro espião na versão em inglês; 1º "Carros" tinha Paul Newman no elenco.
Ao contrário dele, Relâmpago McQueen, campeão de corridas, não apresenta um risco em sua lataria, e seu motor é poderoso. Essa diferença não impede que sejam grandes amigos, nem que o piloto leve Mate para um campeonato para o qual foi desafiado. A equipe, que inclui uma Kombi hippie e um par de italianos, vai para o Japão, onde participam da primeira prova.
Em Tóquio, aliás, acontecem alguns dos momentos mais engraçados de "Carros 2", quando a ingenuidade do guincho coloca-o em diversas situações embaraçosas, das quais ele não se dá conta.
O campeonato automobilístico cruza com a trama de espionagem, quando o próprio Mate é confundido com um espião disfarçado, com quem Finn McMíssil e Holley Caixadibrita devem trabalhar. A trama, claro, vai envolver uma série de mal-entendidos, perseguições e vilões assustadores. Já McQueen deve lidar com um carro italiano arrogante, que garante que irá ganhar o Grande Prêmio.
Talvez só quando for lançado em DVD vai ser possível apreciar toda a sofisticação criativa de "Carros 2". Percebe-se desde já, especialmente nas exibições em 3D, a excelência dos detalhes, nas cenas de corrida e na criatividade do roteiro, que é capaz de tirar humor de situações banais – como a ida de Mate a um banheiro no Japão onde tudo é automatizado, ou quando ele confunde o tempero wasabi com sorvete de pistache.
